Antes denominada Paraná-Guaçu, pelos índios tupinambás que habitavam a região, a baía do Guajará, foi a porta de entrada para os portugueses que desejavam ocupar o Grão-Pará.
Francisco Caldeira de Castelo Branco, Descobridor e Primeiro Conquistador do Amazonas, a nomeou Feliz Lusitânia. No local, o engenheiro-mor Francisco Frias mesquita iniciou a construção, à margem leste da baía, do Forte do Presépio (hoje, Forte do Castelo), marco inicial da fundação da cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
Considerada a atividade mais importante para os Tupinambás, a pesca na Baía do Guajará era o significado da sobrevivência daquela população indígena.
Após a chegada dos portugueses a atividade se intensificou, e até o início do ciclo da borracha em 1879 e compunha a base da economia local.
Ainda hoje os peixes da Baía do Guajará estão muito presentes à mesa dos paraenses e permeia toda a culinária tradicional do Pará com os mais diversos pratos, dentre eles o Pirarucu, considerado por muitos o bacalhau da Amazônia.
Como parte das comemorações do Círio de Nazaré, um procissão fluvial ocorre sobre as águas da Baía do Guajará todos anos. Criada em 1985, a romaria proporciona aos ribeirinhos, pescadores e navegantes da baía, uma oportunidade de homenagear a padroeira dos paraenses, nossa Senhora de Nazaré.
Saindo do porto de Icoaraci, centenas de embarcações acompanham o barco que leva a imagem da santa até o porto de Belém, em um percurso que dura aproximadamente 5 horas. Durante todo o trajeto a santa recebe homenagens dos fiéis e diversas salvas de fogos.
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